24 de mai. de 2015

O que aprendi sobre amor

Aprendi que amor nao é trocar status nas redes sociais ou dizer um "eu te amo" da boca pra fora e independe de tempo, so depende de sentimento.
É estar com a pessoa, nao importa fazendo o que, e pensar que aquele é exatamente o lugar onde deveria estar.
É fazer a coisa mais legal e mais divertida do mundo e nao deixar de pensar em como seria bom se a pessoa estivesse ali. Porque nao importa o quão divertido seja, a falta da pessoa sempre deixa um espaço vazio. E se for algo no qual a pessoa nao possa estar, ficar pensando "bah, tenho que contar isso pra ele depois".
É saber que a pessoa pode te convidar pro programa que parece o mais chato do mundo e tu ter certeza que vale a pena ir porque vocês vão achar graça e rir de alguma coisa e que com certeza vai virar alguma história engraçada ou piada interna dos dois.
É chegar em casa depois de um dia exaustivo e por melhor que seja se esticar na cama, melhor seria sentir o cheiro da pessoa, o calor da pessoa e, claro, o carinho da pessoa. 
É o tempo passar, algumas mágoas se acumularem, a vida levar para outros lados e, mesmo assim, nao esquecer aquele olhar, aquele sorriso e aquela plenitude dos bons momentos por um so dia e sempre tentar dar um jeito de voltar pra perto e pra vida da pessoa. 
É estar em um lugar lotado de pessoas interessantes e so uma chamar toda sua atenção, mesmo que ela nao esteja ali. E se estiver, seus olhos serem atraídos pelos dela a cada minuto.
Nao é querer so receber carinho e atenção, é sentir vontade de cuidar, de proteger, de fazer sorrir, de fazer feliz.
É perdoar, é se preocupar, é passar por cima de dificuldades e de orgulhos.
É querer ouvir, querer saber, se interessar.
E se nao for recíproco?
Se nao for, dói. Mas dói por saudade, por nao saber como a pessoa esta, por nao poder fazer nada pra pessoa sorrir se estiver brava e por nao poder dar colo se a pessoa estiver triste. Nao por nao ser amado. 
Afinal, aprendi que amor, o verdadeiro, nao pede nada em troca.

24 de abr. de 2015

Daquelas que Encrostam

Penetrante era a palavra mais exata pra nossa relação...


Os olhos dele penetravam os meus, as suas mãos penetravam minha pele num simples toque, o corpo inteiro penetrava o meu quando nos abraçávamos. A alma dele se misturava à minha em meio a tantas formas de penetração.

Desse enlace de peles, gostos, cheiros, sensações e explosões de ardor, um sentimento absurdo e absorto penetrou meu coração e minha cabeça.

Ele era errado, ele era completamente errado. Errado pro mundo, errado pra mim, simplesmente a pessoa errada. Mas meu coração não queria saber do que era certo. Queria saber dele, só dele, dele por inteiro.

Acontece que um dos erros dele foi não ver isso tudo acontecer. Ele foi errando e, errando, errando e o que começou a me penetrar foi um asco, uma vontade de retirar de mim tudo que me havia posto. De arrancar da alma todas as desculpas que eu mesma dava para seus erros, de arrancar todas as sensações, cheiros e excitações que ate então eu bebia como um líquido doce e que agora se tornara veneno.

Queria cuspir aquele doce que amargava minha essência, que me enrijecia, que me entristecia, que deixava opaco meus olhos e meu sorriso. Dos venenos mais fortes e mais vis. Senti-me como um animal, uma presa frente ao predador que envenena as vítimas para que fiquem paralisadas para que não possam lutar contra qualquer tipo de atitude de um predador rápido, errado, penetrante.

A solução? Não há solução para uma paixão desse feitio, meu amigo. É daquelas que encrostam em nosso mais profundo ser e assim vão sendo mesmo que escondida, mesmo que errada, é daquelas que nunca esquecemos. Quando nos achamos fortes o olhar nos desarma, quando nos achamos superiores um toque nos derruba. 

O que fazer para, pelo menos, não arder? A única coisa que nos acalenta é o amor, o próprio! 

O bom, velho, e as vezes esquecido, amor próprio...

V.L







19 de jan. de 2015

Epitáfio do 9

Eu deveria mudar?

"Nao precisa, tu é assim! As pessoas precisam te aceitar como tu és!"

Mentirosos, calhordas, quem pensam que enganam? (Além de mim, claro?)

E se não for assim?

E se eu ainda for a tal garotinha esperando o ônibus e a malandragem, sozinha? 

E se essa coisa de sinceridade só servir pra alimentar cleptomaníacos de coração? 

Acho que passou da hora de abandonar velhos hábitos, aqueles de "nao vou fazer jogos", "vou ser sempre sincera"

A sinceridade assusta a maioria dessa gente careta e covarde.
Mas acho que ao invés de tocar o blues da piedade ta na hora de tocar o tal do foda-se.

Me travestir de ser contente e sair por ai, sem me importar com nada nem com ninguém.

"Ai que bruta, também nao é assim"

Só eu sei como é. o quanto dói uma imagem de futuro despedaçada e as coisas boas do passado terem q ser enterradas - "o quanto antes hein?afinal, ngm agüenta pessoas para baixo, limpa o rosto e finge que a vida é linda"

Nao nasci pra fingir, mas ja que o mundo tem exigido isso, visto esse vasto museu de grandes novidades que têm sido esses 25 anos, melhor fingir ser alegre. 
Assim nao perco as companhias de falsos amigos, ganho vários likes e ngm vai se importar. 

Entao esse é meu epitáfio em meia (ou mais) vida. Ainda tenho mais da metade dela pela frente, quiçá mais uns dois terços. Mas essa Vanessa morreu de novo.

 "Ai que drama"

 é o ultimo, juro.

Ja renasci algumas vezes, ja endureci outras tantas, me esquivei e me escondi. So esqueci de proteger o mais importante que a carcaça. 
Aquele que eu entrego de bandeja antes, no primeiro encanto e que me devolvem quando percebem que eu não sou tão brava, tão rude, tão grossa.

Pois bem. Agora renascerei protegendo o que tenho de mais valioso e paradoxalmente o que menos é valorizado: o coração. 

Fingi bem? A tentiada ainda é livre...

8 de jan. de 2015

Julio Igrejas - armadilhas do coração

Eu tento escapar
Mas as vezes é complicado
São situações simples,
Mas eu me iludo
Acredito que sempre
Pode dar certo
Acredito qe tudo pode ser perfeito
Quando percebo que
Me enganei ja era
Fiz tudo de novo mais uma vez
Me atirei de cabeça na armadilha
E mais uma vez eu sigo perdido