28 de dez. de 2012


Sempre fui dona dos meus erros. 
Conhecia com a palma da mão e a sola dos pés o abismo em que me atirava. 
Cada pulo me trazia um prêmio, que eu colocava na estante para mostrar o quanto tinha sido capaz aprender sobre ele.
O erro de me jogar deveria me trazer você, sempre trouxe.
Ele nos unia enquanto o perdão nos separava.

Me atirei novamente, esperava te encontrar ali
pronto a me solicitar um pedido de perdão pois o pedido estava pronto e ele finalmente nos uniria.
Mas você não apareceu 
e eu não consegui voltar, 
não consegui meu prêmio,
o erro não tinha mais um bônus, 
apenas um peso que me derrubava cada vez mais fundo. 

Nunca fui capaz de perceber que quem me dava os troféus era você, 
que quem me resgatava não era minha força - era a sua. 
Que o perdão sem você era pedido a ermo e o nada não perdoava.

Hoje me afoguei. Impossível respirar nesse mar de culpa sem perdão, 
de dor sem acalento, de fé sem sustento.